sexta-feira, 18 de julho de 2014

Comecei a escrever...?

Uma vez eu li o pequeno príncipe... e lately ele me veio novamente na cabeça, folheando o livro, achei uma frase que me chamou muita atenção, que nunca havia reparado (é por isso que eu amo s2 esse livro!). Não é nenhuma dessas frases clichês que todo mundo conhece 'tu te tornas responsável por aquilo que cativas', 'a tua rosa pra vc é unica no mundo' e bla bla bla, sem desmerecer o livro, claro!

A frase era: "Se tento descrevê-lo aqui, é justamente porque não quero esquecê-lo. É triste esquecer um amigo. Nem todo mundo tem um amigo".

Então eu senti vontade de resgatar uma amizade que há tempos dorme, e resolvi escrever sobre ela para que eu não possa esquecê-lo. Meu querido amigo. Minha pessoa especial s2 Essa homenagem é para você (que eu sei que não vai ler! haha) mas que eu tenho certeza q guarda nesse seu grande coração os NOSSOS momentos. Amo-te.



As aventuras de Alim: A bruxa e o cavaleiro Egow


Era uma vez um verdadeiro cavalheiro, er... cavaleiro! Este cavaleiro era realmente destemido! Seu nome era Egow.

Egow, era um pouco baixinho e mirradinho para um cavaleiro, mas não podia evitar já que tinha apenas 18 anos e fazia uma dieta muito deficiente em proteína desde pequeno.

Nem por isso o jovem era menos forte ou incapaz de lutar suas batalhas diárias com o intuito de ajudar a mãe viúva e os 3 irmãos órfãos de pai. Egow era um grande cavaleiro, não em tamanho, como já foi dito. Mas em coração.

O coração deste pobre cavaleiro era enorme e muito sincero, porém, ninguém sabia disso. Esse era um segredo que Egow guardava às sete chaves, e ainda engolia as chaves! Afinal, um cavaleiro precisa manter a sua honra e o seu orgulho, e ser bonzinho demais era péssimo para a sua reputação!

Egow tinha muitos amigos que o admiravam pela sua determinação e pelo seu esforço em prol dos outros, principalmente a sua família. Um dia porém, Egow encontrou uma pessoa especial, e é isso que essa história conta.

Egow havia acabado de entrar em uma aventura em busca de conhecimentos sobre códigos de uma linguagem desconhecida, em honra à memória de seu falecido pai. O garoto havia prometido para si mesmo que aprenderia o legado do genitor, honrando sua morte.

Foi no meio dessa aventura que começaram a acontecer coisas muito estranhas. Egow havia chegado em um lugar com misteriosas ruínas e resolvera acampar e pesquisar o local por um tempo.

Certa noite percebeu que letras brilhantes e roxas apareciam misteriosamente embaralhadas e dançavam em um dos muros, formando palavras e frases difíceis de identificar. Ao observar atentamente o curioso fenômeno, Egow se sentiu familiarizado com a linguagem, mas não recordava exatamente de seu significado. Tal fenômeno se repetiu durante as noites consecutivas, em que na escuridão das ruínas, as únicas luzes que se avistavam eram as letras dançantes e a luz das estrelas.

Confuso e cansado, o esperto cavaleiro montou vigia ao muro, dia e noite. Acabou caindo no sono, quando sentiu seu fiel cavalo baforar no sou ouvido. Foi aí que levantou os olhos e viu: uma criatura tímida e alada, que escrevia as palavras no ar com uma espécie de graveto enquanto voava no mesmo ritmo de sua escrita, parecendo muito feliz e envergonhada ao mesmo tempo.

Egow observou por alguns momentos o ser alado, um pouco encantado pelo brilho que emanava dela, assim como a sensação confortável de calor. O garoto tomou coragem e se revelou, mas a menina estava tão distraída cantarolando e dançando que não percebeu sua aproximação.

- Então é você! – exclamou o bravo cavaleiro, de um jeito firme e doce para que não a espantasse.

A garota se assustou muito! Acabou dando um rodopio no ar, perdendo o equilíbrio e soltando uma exclamação. Quando finalmente olhou para ele, seus olhos eram bem grandes e muito expressivos.

- Sou... eu? – disse ela meio receosa.

- Você que escreve essas letras brilhantes! – Ele afirmou sorrindo – Não tenha medo, não vou lhe fazer nenhum mal.

- Ah, sim, sou eu... – ela pousou um pouco longe dele e o observou, parecia ser uma pessoa muito interessante. – Não estou com medo! São apenas letras de música de um povo distante, que me atraem muito, acho bonito, por isso eu escrevo.

- Sim! Agora me lembrei! Quando eu era pequeno eu costumava ver muitas dessas palavras em alguns livros do meu pai! –Ele deu um passo para frente e estendeu a mão. –Como você se chama?

- Alim. – Ela sorriu e voou até ele, apertando sua mão. –Muito prazer! E você?

- Egow. – Ele apertou a sua mão um pouco desconfiado.

- Não fique assim, Egow! Nós seremos amigos! – Ela abriu um brilhante sorriso, que o fez corar e ficar muito sem graça.

Para disfarçar como havia ficado sem graça, Egow mudou de assunto:

-Então... Alim... você é uma fada? Me desculpe a pergunta indiscreta, mas você tem asas, brilha e parece que tem também uma varinha.

-Não!!! Quem me dera ser uma fada... Sou apenas uma bruxa. – E dizendo isso, suas asas desapareceram e ela parou de brilhar, permanecendo apenas a sensação confortável de calor que emanava dela. – Não há nada de especial em mim, muito menos de perigoso, por isso não se preocupe! – Ela sorriu novamente de forma sincera e amigável.


Acontece que essa bruxinha sabia muito bem ler as pessoas. Como um ser mágico, ela adquiriu muitos poderes, dentre eles, distinguir se uma pessoa é boa e confiável ou não, se tem o coração puro ou não. Alim viu em Egow o que ninguém ainda conseguira ver: Seu enorme e bondoso coração.