Uma vez eu li o pequeno príncipe... e lately ele me
veio novamente na cabeça, folheando o livro, achei uma frase que me chamou
muita atenção, que nunca havia reparado (é por isso que eu amo s2 esse
livro!). Não é nenhuma dessas frases clichês que todo mundo conhece 'tu te
tornas responsável por aquilo que cativas', 'a tua rosa pra vc é unica no
mundo' e bla bla bla, sem desmerecer o livro, claro!
A frase era: "Se tento descrevê-lo aqui, é justamente
porque não quero esquecê-lo. É triste esquecer um amigo. Nem todo mundo tem um
amigo".
Então eu senti vontade de resgatar uma amizade que
há tempos dorme, e resolvi escrever sobre ela para que eu não possa esquecê-lo.
Meu querido amigo. Minha pessoa especial s2 Essa homenagem é para você (que
eu sei que não vai ler! haha) mas que eu tenho certeza q guarda nesse seu
grande coração os NOSSOS momentos. Amo-te.
As aventuras de Alim: A bruxa e o cavaleiro Egow
Era uma vez um verdadeiro cavalheiro, er... cavaleiro! Este
cavaleiro era realmente destemido! Seu nome era Egow.
Egow, era um pouco baixinho e mirradinho para um cavaleiro,
mas não podia evitar já que tinha apenas 18 anos e fazia uma dieta muito deficiente
em proteína desde pequeno.
Nem por isso o jovem era menos forte ou incapaz de lutar
suas batalhas diárias com o intuito de ajudar a mãe viúva e os 3 irmãos órfãos
de pai. Egow era um grande cavaleiro, não em tamanho, como já foi dito. Mas em
coração.
O coração deste pobre cavaleiro era enorme e muito sincero,
porém, ninguém sabia disso. Esse era um segredo que Egow guardava às sete
chaves, e ainda engolia as chaves! Afinal, um cavaleiro precisa manter a sua
honra e o seu orgulho, e ser bonzinho demais era péssimo para a sua reputação!
Egow tinha muitos amigos que o admiravam pela sua
determinação e pelo seu esforço em prol dos outros, principalmente a sua
família. Um dia porém, Egow encontrou uma pessoa especial, e é isso que essa
história conta.
Egow havia acabado de entrar em uma aventura em busca de
conhecimentos sobre códigos de uma linguagem desconhecida, em honra à memória
de seu falecido pai. O garoto havia prometido para si mesmo que aprenderia o
legado do genitor, honrando sua morte.
Foi no meio dessa aventura que começaram a acontecer coisas
muito estranhas. Egow havia chegado em um lugar com misteriosas ruínas e
resolvera acampar e pesquisar o local por um tempo.
Certa noite percebeu que letras brilhantes e roxas apareciam
misteriosamente embaralhadas e dançavam em um dos muros, formando palavras e
frases difíceis de identificar. Ao observar atentamente o curioso fenômeno,
Egow se sentiu familiarizado com a linguagem, mas não recordava exatamente de seu
significado. Tal fenômeno se repetiu durante as noites consecutivas, em que na
escuridão das ruínas, as únicas luzes que se avistavam eram as letras dançantes
e a luz das estrelas.
Confuso e cansado, o esperto cavaleiro montou vigia ao muro,
dia e noite. Acabou caindo no sono, quando sentiu seu fiel cavalo baforar no
sou ouvido. Foi aí que levantou os olhos e viu: uma criatura tímida e alada,
que escrevia as palavras no ar com uma espécie de graveto enquanto voava no
mesmo ritmo de sua escrita, parecendo muito feliz e envergonhada ao mesmo tempo.
Egow observou por alguns momentos o ser alado, um pouco
encantado pelo brilho que emanava dela, assim como a sensação confortável de calor.
O garoto tomou coragem e se revelou, mas a menina estava tão distraída
cantarolando e dançando que não percebeu sua aproximação.
- Então é você! – exclamou o bravo cavaleiro, de um jeito
firme e doce para que não a espantasse.
A garota se assustou muito! Acabou dando um rodopio no ar,
perdendo o equilíbrio e soltando uma exclamação. Quando finalmente olhou para
ele, seus olhos eram bem grandes e muito expressivos.
- Sou... eu? – disse ela meio receosa.
- Você que escreve essas letras brilhantes! – Ele afirmou
sorrindo – Não tenha medo, não vou lhe fazer nenhum mal.
- Ah, sim, sou eu... – ela pousou um pouco longe dele e o
observou, parecia ser uma pessoa muito interessante. – Não estou com medo! São
apenas letras de música de um povo distante, que me atraem muito, acho bonito,
por isso eu escrevo.
- Sim! Agora me lembrei! Quando eu era pequeno eu costumava
ver muitas dessas palavras em alguns livros do meu pai! –Ele deu um passo para
frente e estendeu a mão. –Como você se chama?
- Alim. – Ela sorriu e voou até ele, apertando sua mão. –Muito
prazer! E você?
- Egow. – Ele apertou a sua mão um pouco desconfiado.
- Não fique assim, Egow! Nós seremos amigos! – Ela abriu um
brilhante sorriso, que o fez corar e ficar muito sem graça.
Para disfarçar como havia ficado sem graça, Egow mudou de
assunto:
-Então... Alim... você é uma fada? Me desculpe a pergunta
indiscreta, mas você tem asas, brilha e parece que tem também uma varinha.
-Não!!! Quem me dera ser uma fada... Sou apenas uma bruxa. –
E dizendo isso, suas asas desapareceram e ela parou de brilhar, permanecendo
apenas a sensação confortável de calor que emanava dela. – Não há nada de
especial em mim, muito menos de perigoso, por isso não se preocupe! – Ela sorriu
novamente de forma sincera e amigável.
Acontece que essa bruxinha sabia muito bem ler as pessoas.
Como um ser mágico, ela adquiriu muitos poderes, dentre eles, distinguir se uma
pessoa é boa e confiável ou não, se tem o coração puro ou não. Alim viu em Egow
o que ninguém ainda conseguira ver: Seu enorme e bondoso coração.
(Caio)
ResponderExcluirÉ claro que eu li, e adorei entender todas as referências, e ficar com saudades rsrs.
Gostei da história, uma gracinha! E ainda fui passear no nosso fotolog e ri um bocado. Obrigado pela nostalgia dupla! Luvya.
Eu penso que, sinceramente, você devia escrever mais. Não é qualquer pessoa que consegue traduzir sentimentos em palavras, muito menos fazer isso de forma metafórica. Até animei de voltar a escrever também...
ResponderExcluirTe amo <3
passei por aqui ao acaso e encontrei essa postagem. Saudades, Ludi!
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